De quem terás medo
Entre tantos gemidos
Na terra dos vivos.
Voltas o rosto nada vê
Tens o mundo por quinhão
Plenitude de prazeres.
Entesará o arco
Em ruína irreparável
Ao coração contrito e humilhado?
És como terra árida
Miséria dos mortais
Extermínio eterno e destinado?
Ou uma víbora
Que nenhum medo recusa
Para aclamar o furor de sua cólera.
E as obras de suas mãos?
Voa como palha ao sopro do vento
Seguindo seus caprichos?
Com sabor e desdém
Só respira a violência
Ensinando a sua vereda.
É um abismo inabalável
Nas extremidades do mundo
Emergindo dos seus covis?
Em sua amargura
O relâmpago ilumina
Nossos olhos já não existem o milagre.
Como luto de uma mãe
Nas horas angustiantes
Há quem nos houve.
Regendo o universo com justiça
E a meditação
De nossos corações.
Do levante ao poente
As gerações vindouras
Entenderão primeiro, depois falarão.
E como sonho que materializam
Os confins da terra renascerão
Voltarão pela tarde.
Pensamentos sensatos
Ditam-me
Me enigma... Somos a vida.
Snitramus
Editora de texto
Rosali Gazolla
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