quarta-feira, 13 de outubro de 2010

GUERRA

GUERRA


De quem terás medo

Entre tantos gemidos

Na terra dos vivos.

Voltas o rosto nada vê

Tens o mundo por quinhão

Plenitude de prazeres.

Entesará o arco

Em ruína irreparável

Ao coração contrito e humilhado?

És como terra árida

Miséria dos mortais

Extermínio eterno e destinado?

Ou uma víbora

Que nenhum medo recusa

Para aclamar o furor de sua cólera.

E as obras de suas mãos?

Voa como palha ao sopro do vento

Seguindo seus caprichos?

Com sabor e desdém

Só respira a violência

Ensinando a sua vereda.

É um abismo inabalável

Nas extremidades do mundo

Emergindo dos seus covis?

Em sua amargura

O relâmpago ilumina

Nossos olhos já não existem o milagre.

Como luto de uma mãe

Nas horas angustiantes

Há quem nos houve.

Regendo o universo com justiça

E a meditação

De nossos corações.

Do levante ao poente

As gerações vindouras

Entenderão primeiro, depois falarão.

E como sonho que materializam

Os confins da terra renascerão

Voltarão pela tarde.

Pensamentos sensatos

Ditam-me

Me enigma... Somos a vida.

Snitramus

Editora de texto
Rosali Gazolla






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