Caminhas. Sim... Caminhas.
Na escuridão do céu turvo, rumores... Estrondos... Colapsos.
Caminhas... Sim... Caminhas.
Curvo... Pesado... Arrastado por si mesmo e tentas... Tentas... Não consegue erguer-se, não vê de frente nem a ti, nem a ninguém, teus olhos?... Tens olhos?... Teus olhos...
Caminhas... Sim... Caminhas...
Tropeças... Cai... Tropeças... Cai, teu sangue escoa pela tua pele escura... Umedeci teus caminhos... Olhe?... Olha!...
Caminhas... Sim... Caminhas.
Abre teus olhos... Espanta-se com o que vê... Vê?... Será mesmo que vês?... Sente sob teus pés calejados a umidade de tua própria existência.
Já não mais caminhas... Pára... Dos teus olhos caem sobre teu sangue duas e eternas lágrimas que ecoam nos recônditos de tua alma.
Já não mais caminhas... Tombas como madeira podre... Oca!... O peso de tua consciência o leva ao chão e arrancam sôfrego da terra os restos de ti mesmo... Sangue e lágrimas de dor.
Já não mais caminhas.
AUTORA DO TEXTO: ROSALI GAZOLLA
Snitramus
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