A luz da lua clara
Perguntou alguém uma vez.
Quem és amigo?
Quem? Eu? Bem,
Na realidade, após os 60.
É difícil dizer
Nas nuvens perdido
Adormecido e esquecido
Parecendo
sufocar meu escárnio.
Aí, desperto como homem
Num tempo distinto e defasado
Não o distingui mais
Da surpresa ante o imprevisto
Questionei do lado da realidade
- Será isso vida o que vivo?
O coração cheio de germes
Eivando uma existência
Fogosa de vícios.
Uma sensibilidade aguçada
Irmanada por um destino
Labutando pela vida.
Sou um poeta! Talvez diria:
Ah! Mas isso é a mais amarga
Ironia.
É insâna minha poesia
Blasfêmia
Dos que não crêem
Não há como sanar
Esse delírio
Eis aí, quem sou.
Snitramus
Editora de Texto
Rosali Gazolla
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